O logotipo do dia mundial dos pobres
A dimensão da reciprocidade é correspondida pelo logótipo do Dia Mundial dos Pobres. É visível uma porta aberta e, à entrada, duas pessoas que se encontram. Ambas estendem a mão: uma porque pede ajuda, a outra porque pensa em oferecer ajuda. Na verdade, é difícil compreender qual dos dois é o verdadeiro pobre. Melhor, ambos são pobres. Quem estende a mão para entrar está a pedir partilha; quem estende a mão para ajudar é convidado a sair para partilhar. São duas mãos estendidas que se encontram, em que cada uma delas oferece algo. Dois braços que são expressão de solidariedade e que se provocam um ao outro, para que ninguém fique no limiar da porta, mas que ambos vão ao encontro um do outro. O pobre pode entrar em casa, quando quem está dentro tiver compreendido que ajudar é partilhar. (Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização)
O tema : «Sempre tereis pobres entre vós» (Mc 14,7)
«Sempre tereis pobres entre vós» (Mc 14,7) : é um convite a não perder jamais de vista a oportunidade que se nos oferece para fazer o bem. Como pano de fundo, pode-se vislumbrar o antigo mandamento bíblico: «Se houver junto de ti um indigente entre os teus irmãos (...), não endurecerás o teu coração e não fecharás a tua mão ao irmão necessitado. Abre-lhe a tua mão, empresta-lhe sob penhor, de acordo com a sua necessidade, aquilo que lhe faltar. (...) Deves dar-lhe, sem que o teu coração fique pesaroso; porque, em recompensa disso, o Senhor, teu Deus, te abençoará em todas as empresas das tuas mãos. Sem dúvida, nunca faltarão pobres na terra» (Dt 15,7-8.10-11). E no mesmo cumprimento de onda se coloca o apóstolo Paulo, quando exorta os cristãos das suas comunidades a socorrer os pobres da primeira comunidade de Jerusalém e a fazê-lo «sem tristeza nem constrangimento, pois Deus ama quem dá com alegria» (2 Cor 9,7). Não se trata de serenar a nossa consciência dando qualquer esmola, mas antes contrastar a cultura da indiferença e da injustiça com que se olha os pobres. (Papa Francisco)
Oração Inspirada na Mensagem do Papa Francisco para o V Dia Mundial Dos Probres
o mais pobre dos pobres, porque os representais a todos.
O rosto de Deus que nos revelais é
o de um Pai para os pobres e próximo dos pobres.
Toda a vossa obra afirma que a pobreza
é sinal concreto da vossa presença no meio de nós.
Os pobres que temos connosco são vosso sacramento.
Vós nos pedis para Vos reconhecermos na sua vida,
deixando-nos evangelizar através
deles, para que possamos redescobrir a solidariedade e a partilha.
Ensinai-nos a emprestar-lhes a nossa voz nas suas causas,
mas também a ser seus amigos, a escutá-los, a compreendê-los
e a acolher a misteriosa sabedoria
que Deus nos quer comunicar através deles.
Vós nos chamais a abrir o nosso coração
para reconhecer as múltiplas expressões de pobreza,
manifestando o vosso Reino através dum estilo de vida
coerente com a fé que professamos.
Se não reconhecermos os pobres,
atraiçoamos o vosso ensinamento
e não podemos ser vossos discípulos.
Espírito Santo, amor do Pai e do Filho
derramado nos nossos corações,
Vós suscitais em nós atenção de amor pela pessoa do pobre,
criando em nós o desejo de procurar efetivamente o seu bem.
Vós nos impelis a ir ao encontro dos pobres
no lugar onde se encontram,
a abraçá-los com ternura.
Dai-nos a humildade de reconhecermos que também nós somos pobres,
porque só assim conseguiremos realmente reconhecê-los
e fazê-los tornar-se parte da nossa vida
e instrumento de salvação.
Iluminai e fortalecei os membros dos governos
e das instituições mundiais,
para que sintam a responsabilidade
de construir um mundo melhor alicerçado na justiça.
São Damião de Veuster, apóstolo dos leprosos,
rogai pelos numerosos homens e mulheres,
que na atual pandemia de coronavírus
participam totalmente no sofrimento de milhões
de pessoas infetadas. Amém